Tecnologias assistivas são recursos e serviços que contribuem para favorecer ou ampliar a funcionalidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, visando maior independência, autonomia e inclusão.
Dentre esses recursos, destacam-se as órteses de membros superiores, que são dispositivos com a finalidade de promover melhora funcional devido a algum tipo de disfunção ou necessidade de suporte, em pessoas com alterações funcionais temporárias ou permanentes.
Os objetivos do uso dessas órteses na reabilitação podem ser estabilizar/imobilizar, corrigir deformidades, prevenir agravos, proteger estruturas e articulações, mobilizar e restaurar função.
O material mais utilizado para confeccionar as órteses de membros superiores são os termoplásticos de alta temperatura. São confeccionadas sob medida e o molde é feito no paciente. Também existem outros tipos de materiais que serão selecionados de acordo com a avaliação do profissional responsável e as necessidades de cada paciente.
As órteses de membros superiores podem ser estáticas, que são aquelas que imobilizam/ limitam e posicionam as articulações, ou dinâmicas, que são aquelas que realizam movimentação das articulações e promovem manutenção e fortalecimento da musculatura envolvida.
Para um resultado eficaz, é necessário que haja um processo de avaliação, prescrição, confecção, treino para uso do equipamento e acompanhamento para possíveis manutenções.
Para tal processo, o profissional deve ter conhecimentos sobre anatomia, cinesiologia, biomecânica, patologia, processos cicatriciais, propriedades dos materiais e entender sobre os protocolos de reabilitação das diversas condições que acometem os membros superiores. Além disso, também considerar os fatores biopsicossociais de cada indivíduo.
O terapeuta ocupacional é um profissional capacitado para realização de tais procedimentos e utiliza tal recurso como um complemento no processo de reabilitação, auxiliando no retorno de atividades que estavam comprometidas.
* Tatiane de Carvalho Lima – CREFITO 3/ 19441-TO –, graduada pela Universidade Federal de São Carlos, especialista em Saúde do Adulto e Idoso no Contexto Hospitalar e em Neuro Traumato Ortopedia, escreveu este artigo.