A tDCS é uma abreviação para Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua, uma técnica não invasiva cujo propósito é estimular a atividade cerebral durante os exercícios de reabilitação com o objetivo de acelerar o aprendizado motor do paciente.
A técnica é bem segura. O método consiste da aplicação de uma corrente contínua de baixa intensidade que ajuda a regular a atividade do sistema nervoso central, aumentando a atividade de neurônios "enfraquecidos" e diminuindo a atividade onde ela é excessiva, é o que explica a fisioterapeuta Rafaéle Gomes Corrêa.
“O uso da tDCS depende do objetivo de terapia a ser alcançado. Para ativar ou inibir determinada área cerebral, utilizamos eletrodos na cabeça - dispositivos em contato com a região que transmitem o estímulo. A posição do equipamento é feita por meio do sistema internacional 10-20, onde através das medidas do crânio se chega nas áreas mapeadas do cérebro que receberá a estimulação”, contextualiza a profissional.
 |
| Paciente em procedimento tDCS. Foto: Cleveland Clinic |
Esse tipo de tecnologia auxilia, por exemplo, as áreas cerebrais que respondem pelo comando das mãos, braços e pernas. Enquanto a fisioterapia convencional estimula a parte motora do paciente, a tDCS auxilia na ativação neuronal que permite um aprendizado mais rápido e eficaz. Outro motivo para utilizar a neuromodulação é que, segundo especialistas, pode melhorar a memória, a concentração e a coordenação.
“A técnica de neuromodulação acelera o tratamento de lesões, distúrbios e doenças, além disso é um método seguro, e não invasivo, que não requer a aplicação de anestesia”, complementa a Dra. Rafaéle Corrêa.
A tDCS pode ser indicada para tratamento de: Acidente Vascular Cerebral/Encefálico (AVC), lesão medular, traumatismo craniano, doença de Parkinson, dor neuropática, paralisia cerebral, autismo e até mesmo dores crônicas como a fibromialgia.
 |
| Imagem esquemática do uso do aparelho. Imagem: Neurothérapie Montreal |
Procedimento para aplicação da tDCS
De acordo com a fisioterapeuta, o procedimento começa pela indicação do tratamento, seguido do protocolo de iniciação, a seleção dos materiais e a identificação da região a ser estimulada ou inibida. Em continuidade, é feito o preparo da pele e dos eletrodos para então programar e aplicar o estimulador.
Durante a aplicação do estímulo, o paciente realiza uma outra terapia, determinada por meio de uma avaliação feita em conjunto com a equipe médica, para reativar as funcionalidades do corpo. “Pode ser terapia ocupacional, fisioterapia cardiorrespiratória, fisioterapia motora, fisioterapia pélvica, fisioterapia ortopédica, fisioterapia vestibular, dentre outras”, relata a profissional.
“Por exemplo, se o paciente teve um AVC e perdeu o movimento do braço, a tDCS dará estímulo para que os neurônios busquem novos caminhos para realizar essa função, que antes era feita por outra área cerebral. Paralelo a isso, ele precisa fazer uma terapia de estimulação de movimento do braço”, explica e complementa a Dra. Rafaéle Corrêa.
A quantidade de aplicações do tratamento depende de cada caso, a ser definida por especialistas. Ao final, é feita uma reavaliação e, conforme resultado, programadas algumas sessões de manutenção.
O INCREASING (Instituto de Cuidados, Reabilitação e Assistência em Neuropelveologia e Ginecologia) oferece tratamento por meio da Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua. Procure a unidade na Rua Dr. Bacelar, 227, em São Paulo (SP) ou se preferir ligue para (11) 3938-6177 e consulte. Há também um canal de atendimento pelo WhatsApp no (11) 98102-0372.
