Tenho dor pélvica crônica - por que preciso de fisioterapia?





Dor Pélvica Crônica 

A Dor Pélvica Crônica (DPC) é definida como qualquer dor na região da pelve e que se mantém por três meses ou mais, gerando um impacto negativo na vida pessoal e profissional da pessoa que dela sofre.  

Conforme explica a fisioterapeuta Profª Drª Mara de Abreu Etienne, a DPC é o resultado de uma complexa alteração e interação entre diversos sistemas: gastrintestinal, urinário, ginecológico, neurológico, psicológico, endócrino e musculoesquelético. “É comum recebermos pacientes com vários diagnósticos sindrômicos como a síndrome do da bexiga dolorosa, a síndrome do intestino irritável, a fibromialgia, a síndrome do músculo levantador do ânus, vulvodínia etc. Esses sintomas tem um impacto negativo importantíssimo, levando a comorbidades como depressão, ansiedade e transtornos do estresse pós-traumático”. 

Apesar da DPC ser mais frequentes em mulheres, homens também apresentam tais queixas. Os sintomas mais comuns no homem são dor ou desconforto no períneo, área suprapúbica, pênis e testículos, além de disúria (dor ao urinar) e dor ao ejacular. Pode haver também sintomas urinários obstrutivos como fluxo lento, intermitente e irritante, com aumento de frequência e/ou urgência. Traumatismos por acidente ou queda, principalmente sentado, ou a prática de esportes sem condicionamento físico, hérnia de disco, vida sedentária e com inúmeras horas sempre na mesma posição, podem também acarretar alterações pélvicas geradoras de dor. 

Em razão do tempo prolongado de sofrimento, a pessoa com DPC altera sua postura buscando evitar ou minimizar a dor, o que chamamos de posição antálgica.” A especialista ressalta que com o tempo tal recurso pode se estabelecer, gerando alterações biomecânicas que podem causar ainda mais dor. Nesses casos, a Fisioterapia Pélvica, especializada nessa área, tem papel imprescindível no tratamento. 

A DPC é um problema complexo e, devido aos variados fatores envolvidos, muitas dessas pessoas jamais recebem um diagnóstico definitivo e atingem a cura dos sintomas. Por isso, o sofrimento prolongado pode levar a alteração do tipo de percepção da dor, para mais ou para menos, bem como sua localização. Uma anamnese - registro de dados médicos para diagnóstico - investigativa, profunda e extensa, é essencial. 

O papel da fisioterapia pélvica

A fisioterapia lança mão de uma anamnese especializada e extensa, que avalia de forma integral o impacto da DPC e suas alterações funcionais da vida da  pessoa como um todo. Comorbidades são valorizadas e podem estar associadas à queixa principal. Condições como depressão ou história de abuso – físico ou psíquico – não são incomuns. No exame físico, sensibilidade alterada em músculos e órgãos pélvicos podem indicar a necessidade de mais investigações a serem realizadas, juntamente com a equipe médica e multiprofissional. 

De acordo com a fisioterapeuta Profª Drª Mara de Abreu Etienne, o tratamento é focado em cada sistema de órgãos que envolve a produção da dor. “É preciso tratar todos os sistemas e as causas envolvidas, não é apenas tirar a dor, sob o risco de mascarar uma doença subjacente. Por isso, o tratamento também é complexo e envolve equipe multidisciplinar. Complicações são inerentes a todos os tratamentos, e por vezes uma cirurgia é indicada”, detalha a profissional.

Uma equipe multidisciplinar é um time formado por diversos tipos de profissionais que visam auxiliar no processo de recuperação e/ou tratamento do paciente. Podem ser: médicos de diferentes especialidades, fisioterapeutas, psicólogos, enfermeiros, nutricionistas, entre outros. 

A Fisioterapia Pélvica investiga, diagnostica e trata as alterações musculoesqueléticas do complexo lombo-abdomino-pélvico, o que inclui coluna vertebral, articulações do quadril ou mais distantes da origem da dor. 

Recursos terapêuticos como correções articulares por meio de Osteopatia ou Fisioterapia Analítica de Sohier, Terapia Manual dos tecidos miofasciais internos da pelve, Treinamento dos Músculos do Assoalho Pélvico, Eletroestimulação intracavitária ou transcutânea, Ultrassom terapêutico e correções posturais como o RPG fazem parte do rol de opções a serem utilizados em sessão tratamento para cada paciente de forma individual.

Procurar ajuda profissional especializada, que possa contar com, ou indicar, equipe multidisciplinar é essencial para um diagnóstico e melhora significativa. O bom tratamento envolve a parceria entre o paciente e os profissionais. Recomendações de bons hábitos de vida fazem bem a todos”, finaliza a Profª Drª Mara de Abreu Etienne. 

A equipe multidisciplinar do Increasing (Instituto de Cuidados, Reabilitação e Assistência em Neuropelveologia e Ginecologia) conta com profissionais capacitados que podem contribuir no tratamento de diversas situações e doenças que podem acometer a vida do paciente, como a Dor Pélvica Crônica. Para saber mais informações acesse o site www.increasing.com.br, se preferir entre em contato pelo telefone (11) 3938-6177 ou mande uma mensagem pelo WhatsApp no número (11) 98102-0372.