Espasticidade: o que é e como tratar


A espasticidade é uma disfunção neuromuscular que ocorre quando a comunicação normal entre o cérebro e os músculos é comprometida. Para a maioria das pessoas, essa comunicação ocorre de maneira harmoniosa, possibilitando movimentos coordenados e fluidos. No entanto, na presença da espasticidade, os músculos podem se tornar continuamente tensos e rígidos ou sofrer espasmos incontroláveis, alterando significativamente a capacidade de movimento.

Epidemiologia e Causas


Diversas doenças neurológicas podem levar à manifestação da espasticidade. Seguem alguns exemplos:
  • Lesões na medula espinhal: Cerca de 65-78% dos pacientes manifestam algum grau de espasticidade após uma lesão medular.
  • Derrame (AVC): Aproximadamente 20-40% dos sobreviventes apresentam espasticidade.
  • Esclerose Múltipla: Em torno de 60-84% dos pacientes podem vir a desenvolver espasticidade.
  • Paralisia Cerebral: Atinge cerca de 20-40% das crianças diagnosticadas.
  • Doenças Degenerativas: A esclerose lateral amiotrófica e algumas ataxias hereditárias estão entre as condições que podem causar espasticidade.

Apresentação clínica


A espasticidade pode se manifestar de duas maneiras principais:
  1. Contínua: onde os músculos estão sempre contraídos, encurtados e rígidos.
  2. Intermitente: com contrações súbitas nos músculos, ocorrendo espasmos, especialmente ao serem esticados.

Diagnóstico


O diagnóstico da espasticidade geralmente se dá por observação de sintomas e exame clínico, onde profissionais da saúde avaliam as respostas musculares do paciente a determinados movimentos.

Tratamentos e Abordagem Multidisciplinar


Para o manejo e tratamento eficaz da espasticidade, é crucial uma abordagem multidisciplinar, envolvendo profissionais de diferentes áreas:
  • Fisioterapia: Fisioterapeutas concentram-se na reeducação muscular, terapias manuais e uso de equipamentos assistivos.
  • Terapia Ocupacional: Terapeutas Ocupacionais adaptam tarefas e ambientes, promovendo a independência do paciente em atividades cotidianas.
  • Medicina Física e Reabilitação (Fisiatra): Fisiatras elaboram planos de reabilitação individualizados, sendo o elo entre tratamento clínico e reabilitação.
  • Ortopedia: Ortopedistas lidam com complicações musculoesqueléticas e podem realizar intervenções cirúrgicas quando necessário.
  • Enfermagem: Enfermeiros são responsáveis pelo cuidado diário e educação do paciente, além de monitorar a resposta ao tratamento.
  • Psicologia: Psicólogos auxiliam pacientes e famílias a lidar com o impacto psicológico da condição.
  • Neurologia: Neurologistas diagnosticam e trata a doença de base, que causa a espasticidade. 
Além das especialidades acima, muitos outros profissionais podem ser envolvidos no tratamento desta condição, a depender das limitações causadas pela espasticidade e da resposta aos tratamentos implementados.

As intervenções terapêuticas abrangem desde tratamentos medicamentosos, como relaxantes musculares e toxina botulínica, até procedimentos mais invasivos como a neuroablação cirúrgica. A escolha do tratamento considera as especificidades de cada paciente.

De acordo com Dr. Nucelio Lemos profissional da equipe Increasing, “em resumo, apesar da complexidade da espasticidade, ela pode ser gerenciada com eficácia através de uma combinação de ciência, compreensão e colaboração interdisciplinar. Esta abordagem integrada assegura que os pacientes recebam cuidados abrangentes, proporcionando uma vida mais plena e uma melhor qualidade de vida”.

A equipe do Increasing (Instituto de Cuidados, Reabilitação e Assistência em Neuropelveologia e Ginecologia) oferece as mais variadas modalidades de tratamento para espasticidade. A equipe multiprofissional intervém de várias maneiras com fisioterapia, terapia ocupacional, acupuntura, hidroterapia, entre outros, que entregam excelentes resultados.